segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Breve Histórico de Mutuípe - Bahia .

História de Mutuípe – Bahia.
Originou-se de uma aldeia de Índios Cariris, adquirida por volta de 1860, por Manuel João da Rocha, que passou a ser conhecida por fazenda Mutum, que posteriormente influenciou no mone Mutuípe, pela abundância dessa espécie de aves no local.
A fertilidade do solo possibilitou inicialmente o desenvolvimento das culturas de fumo, café e mandioca nas proximidade do rio Jiquiriçá, assim como também a cultura da cana-de-açúcar e criação de gado para atender a demanda do Recôncavo açucareiro, aliados ao espírito acolhedor dos primeiros povoadores concorreram para o desenvolvimento inicial do arraial.
Fator decisivo para o seu desenvolvimento foi a chegada da linha férrea em 1905, através dos trilhos da Train Road de Nazaré, no seu avanço para o sudoeste baiano até Jequié. Promovendo não só o transporte de pessoas mais também o escoamento da produção cafeeira do vale e a sua integração com as outras localidades e principais centros regionais.
No dia 30 de Setembro de 1910 o Governador João Ferreira de Araújo Pinho, através da Lei Número 778 decretou a transferência da sede do Distrito de Paz do Riacho da Cruz para o povoado Mutum. Com a criação do município de Jiquiriçá, o Distrito de Mutum ficou pertencendo a este Município.
O desenvolvimento da Vila Mutum foi prejudicado por duas calamidades: a enchente do Rio Jiquiriçá em 1914 e o surto epidêmico da varíola em 1919. Após superar esses obstáculos, a Vila Mutum começou a crescer, através do desenvolvimento da lavoura e do comércio sendo elevada da categoria de Vila do povoado Mutum para a denominação Mutuípe pelo Governador Marques de Gois Calmon, na conformidade da Lei Número 1882, de 26 de julho de 1926. O Movimento autonomista foi liderado pelo Dr. Bartolomeu Antero Chaves. E sua posse jurídica ocorreu em 12 de outubro de 1926.
A partir da década de 30, com a queda do café no mercado externo, houve uma forte retração na economia do vale com a transferência de capitais e concentração de terras para a criação de gado. A proibição da exportação de “café de terreiro” e do fechamento da ferrovia na década de 60, houve uma nova queda na economia. Entretanto, com a chegada da CEPLAC, buscou-se reestabelecer o nível de desenvolvimento econômico, com ênfase para o cultivo da lavoura cacaueira.
Considerando o período áureo do cacau, que fundamentou a properidade das bases econômicas de mutuípe, houve um desenvolvimento sifnificativo no comércio, no entanto, com os vários planos de estabilidade da moeda e a queda dos preços nos últimos anos. A sustentabilidade econômica, hoje, conta com apoio do comércio, que expandiu-se e supri a carência de alguns municípios circunvizinhos. A queda de preços nos produtos agrícolas, provocou uma emigração de pessoas para as zona urbana, com perspectivas de investimento na educação, com vistas para um futuro melhor, alguns saíram do município deslocando-se para os grandes centros urbanos (São Paulo e Salvador) influenciando na vida de outras famílias que ficavam isoladas de contatos vizinhos.

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